terça-feira, 13 de setembro de 2011

Após sucesso como cantor e ator teen, Fiuk lança primeiro álbum solo.

Experimente fazer qualquer comentário sobre o novo disco a Fiuk. Pode esperar: ele vai ficar desconcertado. “Não sei escutar esses negócios. Fico mudando de assunto. Abraço, beijo e não consigo nem falar obrigado. Fico muito sem graça”, conta. O comportamento, que vale para críticas ou elogios, demonstra que aos 20 anos ele ainda está aprendendo a lidar com as repercussões do trabalho. Fiuk acaba de lançar Sou eu, primeiro álbum solo depois do sucesso com trabalhos na TV, no cinema e nos palcos.

“Foi uma loucura. O Brasil inteiro com uma pedra esperando para atirar em mim. Estava tocando em uma banda teen, acabado de fazer Malhação, sou filho do Fábio Júnior. Uma pressão absurda”, reconhece. Para lidar com isso, passou quatro meses trancado na criação do disco, sem saber o que queria fazer. “Foi um tiro no escuro”, diz. 

Com 14 faixas, Sou eu tem participações especiais de Jorge Ben Jor e Caco Grandino. Além de intérprete, Fiuk toca bateria, guitarra e comparece como compositor de cinco músicas. Ele reconhece estar em busca das próprias referências e por isso apostou em um CD pop com climas variados. Se em Cada um na sua mistura canto nervoso e peso nas guitarras, na melódica Linda, tão linda chega a ser piegas em versos como “eu quero saber/ Se você não quer me beijar/ Olha pra mim/ Duvido você negar”. “Independentemente de estar bom ou não, consegui colocar as coisas que queria nas músicas, nas letras, nas guitarras, nas baterias e nos arranjos”, afirma.

Para completar o time de compositores, escalou a dupla de pagodeiros Rodriguinho e Thiaguinho, do Exaltasamba, além do cantor pop mineiro Wilson Sideral, autor de Foi preciso você. “Ele é um hitmaker. Fez essa música e avisou que era uma praia um pouco diferente da minha. Adorei. Fala de amor de um jeito tão gostoso”, comenta. Com Ben Jor, Fiuk canta o samba rock Quero toda noite. “Ainda tenho muita coisa para falar. Tenho que ir devagar para não ser perigoso”, pondera.

Feliz com o turbilhão que sua vida se transformou depois da fama, Fiuk se considera um artista inquieto. Foi ele quem fez o roteiro do clipe da música que dá nome ao álbum, escolheu pessoalmente cada uma das fotos do encarte além de ter criado a arte do CD, produzido por Dudu Borges. 

INFLUÊNCIA Quando criança, Fiuk negou enquanto pôde qualquer possibilidade de seguir a carreira do pai. “Nasci ouvindo ‘filho de peixe, peixinho é’. Ficava incomodado porque todo mundo me empurrava para isso”, lembra. Aos 11 anos, a ficha caiu. “Falei, cara, não tenho outra vontade na vida. Aí assumi. Decidi deixar de ser bobo e ir atrás do meu sonho”, conta. Aos 15, Fiuk assumiu os vocais da banda Hori, com a qual permaneceu até o ano passado. Chegou a cursar publicidade e propaganda, mas logo viu que não era o caminho dele.


Hoje, Fiuk se diverte com as comparações com o pai e as frequentes referências às irmãs Cléo Pires e Tainá Galvão, que também escolheram a carreira artística. Não bastasse seguir os passos do pai na música, Fiuk também resolveu atuar. No cinema, protagonizou o filme As melhores coisas do mundo, de Laís Bodanzky. Na TV, interpretou Bernardo, o protagonista da novela teen Malhação. Fiuk está escalado para a próxima trama das 19h, Aquele beijo. “Serei tipo um galã de vila, bem sacana! Estou tentando me inspirar no Jorge Tadeu”, brinca.



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